Conservadores religiosos procuram restringir o aborto na África após a reversão de Roe V. Wade
Organizações religiosas conservadoras sediadas nos Estados Unidos intensificaram seus esforços para restringir aborto na África após a decisão da Suprema Corte dos Estados Unidos de acabar com o direito nacional ao aborto.
Essas organizações, com forte foco na África, estão defendendo os direitos reprodutivos e encontraram apoio em alguns países africanos predominantemente cristãos.
As possíveis consequências dessas ações podem reverter o progresso feito na garantia de abortos seguros e legais na região.
Esforços para legalizar e melhorar a segurança dos aborto na África enfrentaram reveses desde a decisão da Suprema Corte dos Estados Unidos.
Países africanos, onde prevalecem abortos inseguros e gravidezes indesejadas. Foram alvo de organizações sediadas nos Estados Unidos, como a Family Watch International, conhecida por sua postura anti-LGBTQ+ e anti-aborto.
Essas organizações têm atuado na promoção de sua agenda em países africanos, incluindo Uganda e Etiópia.
Grupos religiosos conservadores têm feito lobby junto aos legisladores e defendido contra projetos de lei que expandiriam o acesso ao aborto nos países africanos.
Eles argumentam que a legalização do aborto faz parte de uma tentativa mais ampla de minar os valores familiares tradicionais. E impor ideologias ocidentais às nações africanas.
A influência desses grupos é preocupante, pois geralmente têm conexões com líderes políticos e podem moldar a opinião pública.
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Desafios e Reação ao Aborto na África
Abortos inseguros são alarmantemente comuns na África subsaariana, onde as mulheres enfrentam estigma social e não têm acesso a educação sexual abrangente.
O governo dos Estados Unidos tem sido um importante doador de assistência internacional à saúde reprodutiva. E quaisquer mudanças na política ou no financiamento podem ter consequências significativas para os direitos reprodutivos das mulheres e para o acesso a procedimentos de aborto seguro.
A África Subsaariana é responsável por uma porcentagem significativa de abortos inseguros globais, levando a altas taxas de mortalidade materna.
Países da África Oriental, como Uganda e Quênia, têm sido particularmente veementes em sua oposição ao aborto na África direitos.
A gravidez na adolescência é uma questão premente na região, mas a educação sexual limitada e o acesso ao aborto legal impedem o progresso na resolução do problema.
Provedores e defensores do aborto muitas vezes enfrentam assédio e discriminação. Algumas nações africanas, incluindo Ruanda, viram instituições religiosas ordenando que os estabelecimentos de saúde parassem de realizar abortos, restringindo ainda mais o acesso a cuidados de saúde reprodutivos seguros.
Uganda tem um tabu profundamente enraizado em torno aborto na África, tornando difícil para os defensores discutir abertamente e abordar a questão. Muitas mulheres recorrem a métodos inseguros de aborto, levando a sérias complicações de saúde e até à morte.
Na Etiópia, trabalhadores da sociedade civil relataram uma tendência preocupante de menos estabelecimentos de saúde pública realizando abortos.
Forçar a mulher a procurar atendimento após procedimentos inseguros. Os opositores do aborto nesses países veem a decisão da Suprema Corte dos EUA como uma validação de sua posição.